O uso das ervas nas religiões afro-ameríndias …
“Defumas com as ervas da Jurema,
defumas com arruda e guiné,
benjoim, alecrim e alfazema,
vamos defumar filhos de fé!”
1 – Introdução – Primeiramente, muito obrigado por seu interesse neste assunto e por estar nos dando a honra de dedicar uma parcela de seu tempo para ler nosso conteúdo. Seja muito bem-vindo(a)!
Cabe destacar que as informações aqui disponíveis tratam-se de apenas uma das tantas formas de interpretação do uso de ervas nas umbandas, encantarias e candomblés, enfim, nas manifestações das diversas raízes religiosas afro-ameríndias, sendo certo que tudo quanto aqui exposto não invalida, nem sequer tem a pretensão de invalidar quaisquer outras interpretações, afinal, o Sagrado que se manifesta em cada Terreiro mundo afora se utiliza dos meios disponíveis naquele contexto, para as necessidades daquelas pessoas que ali estão.
Assim, no sul do Brasil a erva recomendada para Ogum, Yemanjá ou quaisquer outros Orixás será uma, em São Paulo poderá ser outra, no Ceará outra mais e assim por diante, não existe A ERVA CERTA ou A ERVA ERRADA, o que existe é o fato incontestável de que nossos ancestrais quando aqui chegaram adaptaram suas práticas originais, utilizando-se muitas vezes de ervas diversas daquelas que dispunham na África, pois precisavam manter suas liturgias e preceitos em um mundo novo e hostil. O mesmo ocorreu com alimentos, cores, e toda sorte de elementos utilizados no culto aos Orixás.
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